domingo, 16 de maio de 2021

ESCRAVIDÃO E DESIGUALDADE NO BRASIL

 

 

Prof. Antonio Marcos Ferreira[1]

 


A semana passada foi marcada por vários acontecimentos políticos e sociais no país. De modo particular destaco o último dia 13 de maio, data de aniversário da Lei nº 3.353 “Lei Áurea” (ou lei da abolição na escravidão), qual foi sancionada pela Princesa Dona Isabel, filha de Dom Pedro II, no dia 13 de maio do ano de 1888.

Sabemos que na prática essa libertação negra não aconteceu de maneira plena, sendo que muitas práticas embora de formas sofisticadas, ainda permanecem até os dias de hoje.

O sociólogo Jessé Souza, ao tratar dessa questão entende que a população negra (e pobre) ainda hoje é considerada como a "ralé" da sociedade, sendo comumente submetida a trabalhos inferiores.

Entendamos, portanto, que a escravidão no Brasil é dos principais fatores que contribuíram para a desigualdade no Brasil.

Lutar contra essa desigualdade é tarefa nossa. Investir em políticas públicas de inclusão social é papel que o Estado precisar assumir com responsabilidade permanente.

Viva a luta de negros e negras que diariamente tem lutado com bravura e resistência contra todas as injustiças. Um país mais justo é possível. Lutemos e acreditemos.

 

Bom domingo a todos (as) !

 



[1] Mestrando em Políticas Públicas pela Fundação Perseu Abramo/FLACSO. Graduado em Filosofia pela Universidade Federal do Pará. Especialista em Educação, Diversidade e Inclusão (Universidade Católica Dom Bosco). Professor do Ensino Médio e atualmente coordena o Polo Universitário de Igarapé-Miri/PA.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

UM POEMA PARA BELÉM

No dia 12 de janeiro, a capital paraense completou 403 anos de existência. E para homenageá-la trazemos um poema especial de nossa autoria, o qual retrata um pouco do encantamento e do olhar critico-social que tenho pela nossa cidade de Belém.


domingo, 4 de novembro de 2018

VIVA A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO!

                                                                                    Antonio Marcos Quaresma FERREIRA [1]


Sempre penso que a história pode ser olhada por perspetivas diferentes e divergentes. Tudo é uma questão de ponto de vista. 
Sabemos perfeitamente que na história recente do Brasil, predomina, por exemplo, a leitura de estudiosos conceituados, que classificam a chegada do militares ao poder em 1964, como  fato político  resultante de um golpe de Estado. 
Há ainda assim, outros que com visão completamente  diferente, defendem que tal momento da história seria fruto de uma "revolução". 
Entendo que tudo depende da escolha "política" que fazemos, ou seja, de que lado realmente preferimos ficar. 
Claro que somos seres passíveis de influências, pelo tipo de formação que tivemos/temos, ou pelo tipo de informação que consumimos. Ainda assim, é possível escolher as formações e as informações que queremos assumir como perspectiva para nossas vidas. 
É certo que ao escolhermos uma fonte, também faremos uma escolha "política", sabendo que elas influenciarão a construção de nossos discursos. Por isso, para "beber" de uma fonte, precisamos escolher com consciência e convicção do que realmente queremos.
Nenhuma tese é absoluta.Todas elas são resultantes de um caminho percorrido e perspectiva adotada. 
É por isso que muitos a partir de uma escolha "política" dirão: "Fora Paulo Freire"! Eu porém digo a partir da escolha "política" que faço: " Viva a pedagogia do oprimido"



[1] Possui Graduação em Filosofia Licenciatura Plena e Bacharelado pela UFPA (Universidade Federal do Pará) e Pós-Graduação em Educação, Diversidade e Inclusão Social, pela Universidade Católica Dom Bosco - MS. Coordenador do Núcleo de Cultura no INCAM (Instituto Caboclo da Amazônia). Mestrando em Estado, Governo e Políticas Públicas pela Fundação Perseu Abramo/FLASCO.

sábado, 21 de abril de 2018

PODER: UM POEMA PARA BRASÍLIA




BRASILIA, MARÇO DE 2010
                                                            PODER
Em cada prédio indefinido
Por uma engenharia geométrica de invejável simetria
Em cada esquina indecifrável
Da cidade de Brasília
Asa Norte, Asa Sul

Praça dos Três Poderes
Quanta exuberância artística
Nos altos da Torre de TV eu posso ver
O que milhares de brasileiros não podem enxergar
A cidade de JK
A unidade materializada
De um país que também é meu
Brasil !
Brasília,

Cidade repleta de glamour e de arte
De justiça e de corrupção
de leis e de barbárie
E de gente que também é gente como a gente !
Que na rua a gente não vê,
Estarão escondidos em confortáveis arranha-céus?
Quiçá em mansões privilegiadas?
Ou em cidades satélites que admitem uma civilização marginal?
Brasilândia?

Brasília
Capital
Capital do capital
Símbolo da unidade
De um país chamado Brasil !



(Da obra Caminhos Di-versos)

Antonio Marcos Ferreira
Membro da Academia Igarapemiriense de Letras 
Patrono: Manoel Alexandrino de Castro Machado 





terça-feira, 16 de janeiro de 2018

POEMA 20 DE JANEIRO





20 DE JANEIRO
AO AMANHECER  DE 20 DE JANEIRO
EIS QUE É DIA  DE EMOÇÃO
O SINO BATE E ANUNCIA
O DIA DE SÃO SEBASTIÃO

A MISSA REÚNE ROMEIROS
QUE CHEGAM EM CELEBRAÇÃO
E A IGREJA SE FAZ PEQUENA
PARA TAMANHA DEVOÇÃO

É O DIA DE REVER SEU FILHO
QUE FOI ESTUDAR EM BELÉM
É DIA DE REVER O AMIGO
QUE A MUITO TEMPO NÃO VEM
E A PROCISSÃO NO FINAL DO DIA
AO SOM DA BANDA ENTOANDO O AMÉM

MAS A FESTA AINDA NÃO CHEGOU AO FINAL
POIS NO DIA SEGUINTE TEM CARNAVAL DO SUJO
COM O BLOCO BICHO FOLHARAL

(Antônio Marcos Ferreira)


domingo, 15 de outubro de 2017

UMA SINGELA HOMENAGEM A QUEM MERECE


Antonio Marcos Ferreira[1]
A todos os meus colegas
Parceiros de profissão
Quero expressar minha homenagem
Nesta singela mensagem
Aos mestres da educação

Foi no ano de 63[2]
Que a data foi oficializada
Por decreto federal
Que no território nacional
Seria então celebrada

O decreto da sua essência
Trazia o seguinte teor
“Promover solenidade
Junto com a comunidade
Em homenagem ao professor”

Passando-se várias décadas
Perguntamo-nos então
Quais foram nossas conquistas
E que desafios estão à vista
No campo da educação

E para responder bem breve
Expresso indignação
E clamo desse momento
Por mais reconhecimento
Aos profissionais da educação

Não só salários decentes
É nossa reivindicação
Mas por estrutura e respeito
Que ousamos bater no peito
E pedir vossa atenção

Preservem nossos direitos
É o que pede a categoria
De uma profissão milenar
De quem se dedica a educar
É que hoje celebra seu dia

Parabéns aos professores
Heróis dessa nação
Quero assim homenagear
E felicitações quero prestar
Aos mestre da educação!












[1] Graduado em Filosofia (Bacharelado e Licenciatura Plena) pela Universidade Federal do Pará - UFPA. Pós-graduado em Educação, Diversidade e Inclusão Social pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Professor da Rede Estadual de Educação – SEDUC/PA.  Coordenador do Núcleo de Cultura e Educação Popular do Instituto Caboclo da Amazônia. Membro da Academia Igarapemiriense de letras cadeira nº 01- patrono Manoel Alexandrino Correa Machado.

[2] A data foi oficializada nacionalmente por decreto nº 52.682, de 14 de outubro de 1963