domingo, 4 de novembro de 2018

VIVA A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO!

                                                                                    Antonio Marcos Quaresma FERREIRA [1]


Sempre penso que a história pode ser olhada por perspetivas diferentes e divergentes. Tudo é uma questão de ponto de vista. 
Sabemos perfeitamente que na história recente do Brasil, predomina, por exemplo, a leitura de estudiosos conceituados, que classificam a chegada do militares ao poder em 1964, como  fato político  resultante de um golpe de Estado. 
Há ainda assim, outros que com visão completamente  diferente, defendem que tal momento da história seria fruto de uma "revolução". 
Entendo que tudo depende da escolha "política" que fazemos, ou seja, de que lado realmente preferimos ficar. 
Claro que somos seres passíveis de influências, pelo tipo de formação que tivemos/temos, ou pelo tipo de informação que consumimos. Ainda assim, é possível escolher as formações e as informações que queremos assumir como perspectiva para nossas vidas. 
É certo que ao escolhermos uma fonte, também faremos uma escolha "política", sabendo que elas influenciarão a construção de nossos discursos. Por isso, para "beber" de uma fonte, precisamos escolher com consciência e convicção do que realmente queremos.
Nenhuma tese é absoluta.Todas elas são resultantes de um caminho percorrido e perspectiva adotada. 
É por isso que muitos a partir de uma escolha "política" dirão: "Fora Paulo Freire"! Eu porém digo a partir da escolha "política" que faço: " Viva a pedagogia do oprimido"



[1] Possui Graduação em Filosofia Licenciatura Plena e Bacharelado pela UFPA (Universidade Federal do Pará) e Pós-Graduação em Educação, Diversidade e Inclusão Social, pela Universidade Católica Dom Bosco - MS. Coordenador do Núcleo de Cultura no INCAM (Instituto Caboclo da Amazônia). Mestrando em Estado, Governo e Políticas Públicas pela Fundação Perseu Abramo/FLASCO.

sábado, 21 de abril de 2018

PODER: UM POEMA PARA BRASÍLIA




BRASILIA, MARÇO DE 2010
                                                            PODER
Em cada prédio indefinido
Por uma engenharia geométrica de invejável simetria
Em cada esquina indecifrável
Da cidade de Brasília
Asa Norte, Asa Sul

Praça dos Três Poderes
Quanta exuberância artística
Nos altos da Torre de TV eu posso ver
O que milhares de brasileiros não podem enxergar
A cidade de JK
A unidade materializada
De um país que também é meu
Brasil !
Brasília,

Cidade repleta de glamour e de arte
De justiça e de corrupção
de leis e de barbárie
E de gente que também é gente como a gente !
Que na rua a gente não vê,
Estarão escondidos em confortáveis arranha-céus?
Quiçá em mansões privilegiadas?
Ou em cidades satélites que admitem uma civilização marginal?
Brasilândia?

Brasília
Capital
Capital do capital
Símbolo da unidade
De um país chamado Brasil !



(Da obra Caminhos Di-versos)

Antonio Marcos Ferreira
Membro da Academia Igarapemiriense de Letras 
Patrono: Manoel Alexandrino de Castro Machado 





terça-feira, 16 de janeiro de 2018

POEMA 20 DE JANEIRO





20 DE JANEIRO
AO AMANHECER  DE 20 DE JANEIRO
EIS QUE É DIA  DE EMOÇÃO
O SINO BATE E ANUNCIA
O DIA DE SÃO SEBASTIÃO

A MISSA REÚNE ROMEIROS
QUE CHEGAM EM CELEBRAÇÃO
E A IGREJA SE FAZ PEQUENA
PARA TAMANHA DEVOÇÃO

É O DIA DE REVER SEU FILHO
QUE FOI ESTUDAR EM BELÉM
É DIA DE REVER O AMIGO
QUE A MUITO TEMPO NÃO VEM
E A PROCISSÃO NO FINAL DO DIA
AO SOM DA BANDA ENTOANDO O AMÉM

MAS A FESTA AINDA NÃO CHEGOU AO FINAL
POIS NO DIA SEGUINTE TEM CARNAVAL DO SUJO
COM O BLOCO BICHO FOLHARAL

(Antônio Marcos Ferreira)