domingo, 22 de maio de 2016

A GUERRA DE TRÓIA E A PREPOTÊNCIA DE AGAMENON

Antônio Marcos Ferreira[1]

Como todos sabem, o filme TRÓIA - do diretor americano Wolfgang Petersen- narra a epopéia  dos gregos até a lendária cidade grega de Tróia, afim de reaver a bela Helena, a esposa de Menelau que havia sido “raptada” pelo príncipe troiano Páris, filho do Rei Príamo.
Na verdade existem certos detalhes que nem todos conseguem enxergar nessa história, como por exemplo,  a prepotência de Agamenon, o qual teria ser aproveitado  da paixão do irmão traído para ir em busca de seu antigo: a conquista da fortificada e rica cidade de Tróia.
Agamenon é um aloprado, mais que apesar de sua ganância sabia que sozinho não poderia chegar onde queria, por isso tem paciência de esperar o momento certo para agir. E quando recebe a notícia do que ocorrera a Menelau, apresenta seu falso “ombro amigo”  e  sua pseudo-compaixão, colocando-se a disposição  para aquilo que fosse necessário.
Assim, Agamenon consegue em nome honra grega convencer os grande líderes a enfrentar o   mar rumo a fortificada Tróia. E assim consegue juntar todos os reis da redondeza e encabeçar aquela odisséia.
No entanto, Agamenon não quer só isso, e com apoio de brilhantes guerreiros e estrategistas como Aquiles e Ulisses tem a seu favor toda a estrutura que precisava para alcançar o seu objetivo particular: o poder.
Talvez existam tantos “Agamenons” por aí, aproveitando-se da impotência e da dificuldade  popular para implantar seus planos  de poder. Sendo-nos necessária vigilância constante por parte de todos os segmentos da sociedade.
E claro que é importante termos  a maturidade política para legitimar as decisões que provém do âmbito coletivo. Mas não somos obrigados a aplaudir o espetáculo da barbárie. Aí cabe o exemplo de Aquiles, que em nome de um acordo entre os gregos não se recusou em embarcar para a guerra, mas não se curvou a todas as  decisões tiranas de Agamenon.









[1] Graduado em Filosofia (Bacharelado e Licenciatura Plena) pela Universidade Federal do Pará - UFPA. Pós-graduado em Educação, Diversidade e Inclusão Social pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Professor da Rede Estadual de Educação – SEDUC/PA.  Coordenador do Núcleo de Cultura e Educação Popular do Instituto Caboclo da Amazônia. Membro da Academia Igarapémiriense de letras cadeira nº 01- patrono Manoel Alexandrino Correa Machado.

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